Cooperação econômica e comercial
Conforme os dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços em 2017 o Brasil exportou para a Rússia mercadorias e serviços no volume de 2,7 bilhões de dólares, importou – no volume de 2,6 bilhões de dólares. Em 2017 a Rússia continuou a ocupar um lugar estável nas exportações (1,72%) e importações (1,24%) do Brasil. O país é o principal parceiro da Rússia na América Latina.Tal como nos anos posteriores mais de 90% das exportações brasileiras para a Rússia são produtos agrícolas.
Composição das exportações brasileiras para a Rússia:
- carne suína – 662,9 US$ milhões
- carne bovina – 450,2 US$ milhões
- soja – 415,7 US$ milhões
- açúcar bruto – 192,9 US$ milhões
- máquinas mecânicas – 188 US$ milhões
- carne avícola – 126,6 US$ milhões
- café solúvel – 90,1 US$ milhões
- café em grãos – 82,9 US$ milhões
- tabaco – 62,4 US$ milhões
- amendoim – 61,8 US$ milhões
Composição das importações brasileiras originárias da Rússia:
- adubos de potássio – 480,6 US$ milhões
- adubos amoníacos – 281 US$ milhões
- nafta petroquímica – 276,5 US$ milhões
- alumínio – 252,4 US$ milhões
- nitrato de amônio – 251,3 US$ milhões
- carvão betuminoso – 173,5 US$ milhões
- carbamida – 171,8 US$ milhões
- adubos de fosfato – 134,5 US$ milhões
- carvão mineral – 72,6 US$ milhões
- paládio – 66,6 US$ milhões
- óleo diesel – 39,9 US$ milhões
As empresas russas continuam a exercer atividade intensa no Brasil. Assim, a “Rosneft Brasil”, subsidiária da estatal russa “Rosneft”, no decorrer de 2016 tem efeituado preparativos para começar perfuração na região do rio Solimões. Foram contratadas empresas de serviço de petróleo, companhias de transporte e logística, criada a infraestrutura necessária nos lugares de perfuração. Em 2017 foi perfurado o primeiro poço de exploração na bacia do Solimões.
A representação da “Rosatom”, “Rosatom America Latina Ltda”, exerce uma política ativa de promoção das tecnologias nucleares russas no território do Brasil. Em 2017 foi assinado o Memorando de Entendimento entre a “Rosatom” e “Eletronuclear”. Realizam-se consultas técnicas sobre a possível participação da “Rosatom” na conclusão da construção da usina Angra-3.
Em dezembro de 2017 a “Rosatom Isotop” e o “Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares” assinaram o contrato de 5 anos sobre o fornecimento de um vasto leque de lavra de isótopos para o Brasil. Conforme a informação publicada pela Parte Brasileira o limite de trocas por ano será por volta de 13 milhões de dólares. Existem perspectivas de cooperação com o Brasil na área de medicina nuclear.
Além disso, entre a empresa subsidiária da “Rosatom” e a empresa Indústrias Nucleares do Brasil (INB) desenvolvem a cooperação na área do ciclo do combustível nuclear, antes de mais, na esfera de reciclagem dos materiais que contém urânio e fornecimento para o Brasil de lavra de urânio.
Em abril de 2017 a S/A russa a “Corporação de Ciência e Produção Sistemas de construção de equipamentos de precisão” começou a exploração do complexo de fibra óptica e medição de parâmetros para detecção de detritos espaciais no território do Laboratório Nacional de Astrofísica (a 37 km da cidade de Itajuba, MG).
Foi prorrogado o contrato de exploração da estação de monitoramento GLONASS na cidade de Recife bem como da estação óptica quântica na cidade de Brasília. No total no território do país funcionam 4 sistemas GLONASS.