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Trechos do discurso de Serguei Lavrov, Ministro dos Negócios Estrangeiros da Federação da Rússia, durante a 77ª sessão da Assembleia Geral de ONU

A crise do sistema global está a agravar-se. A situação de segurança no mundo está a deteriorar-se rapidamente. Hoje em dia raramente enfrentamos um diálogo honesto e procura de compromissos, temos de lidar com desinformação, encenações e provocações. As ações do Ocidente minam a confiança nas instituições internacionais e no direito internacional.

O futuro da ordem mundial está sendo criado hoje - isto é óbvio para qualquer observador imparcial. A pergunta é – a nova ordem será com um hegemon, forçando todos a viver segundo as suas regras, benéficas apenas para ele, ou será um mundo democrático, justo, sem chantagem e intimidação dos «indesejados», sem neonazismo e neocolonialismo. A Rússia escolhe a segunda opção, e juntamente com os nossos aliados e parceiros trabalhamos para a sua implementação. Apelamos aos outros países que nós juntem.

O modelo unipolar de desenvolvimento mundial que serviu os interesses do «bilhão de ouro», cujo superconsumo durante séculos foi assegurado pelos recursos da Ásia, África e América Latina, é uma coisa do passado. Hoje, o fortalecimento de estados soberanos prontos a defender os seus interesses nacionais contribui para a criação de uma arquitetura multipolar justa, socialmente orientada e sustentável.

Contudo, processos geopolíticos objetivos são vistos por Washington e pelas elites governantes dos países ocidentais que lhe estão totalmente subordinados como uma ameaça à sua posição dominante.

A russofobia oficial no Ocidente adquiriu proporções grotescas. Declaram abertamente a sua intenção não só de infligir uma derrota militar ao nosso país, mas também de destruir, desmembrar a Rússia, ou seja, fazê-la desaparecer do mapa político do mundo por causa da sua posição «demasiado independente».